Cesta básica de Feira de Santana encerra mês de outubro com nova queda
Por Hamurabi Dias | 13/11/2025 18:12 e atualizado em 13/11/2025
Foto: ASSECOM/RN
Resumo da notícia
- Em outubro de 2025, a cesta básica em Feira de Santana custou R$ 546,28, registrando redução de 1,47% em relação a setembro. A banana-prata (-6,93%), o café moído (-5,03%) e o leite (-4,55%) tiveram as maiores quedas, enquanto a farinha de mandioca (4,51%), a manteiga (1,48%) e o feijão (1,47%) apresentaram alta.
- A queda foi influenciada pelo aumento da oferta de banana do Ceará e pelas temperaturas elevadas, que aceleraram a produção. No último trimestre, houve redução acumulada de 3,48%, amenizando a alta de 13,64% registrada nos últimos 12 meses. O comportamento dos preços mostrou alta até abril de 2025, estabilização e nova queda a partir do segundo semestre.
- Os itens que mais impactaram o custo total foram carne, pão e banana-prata. As despesas com café da manhã representaram 38,64% do valor total e o almoço, 36,55%, somando 75,19% da cesta. O custo da cesta correspondeu a 38,9% do salário mínimo líquido, exigindo 85 horas e 35 minutos de trabalho — uma redução de 1h17min em relação ao mês anterior.
O valor da cesta básica, definida pelo Decreto-Lei Nº 399, de 30 de abril de 1938, que estabelece 12 produtos alimentares (arroz, feijão, farinha, carne, tomate, banana, óleo, café, leite, açúcar, pão e manteiga) e suas respectivas quantidades, passou a custar R$ 546,28 no mês de outubro de 2025, em Feira de Santana. Este valor representou queda de 1,47% em comparação com o mês de setembro, segundo a pesquisa do projeto “Conhecendo a Economia Feirense: o custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos” da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).

Dos doze produtos que compõem a cesta, seis sofreram aumento em seus preços médios. Os produtos que registraram as maiores elevações foram a farinha de mandioca (4,51%), a manteiga (1,48%), e o feijão (1,47%). Os alimentos que tiveram as maiores reduções em seus preços médios foram a banana prata (-6,93%), o café moído (-5,03%), e o leite (-4,55%).
No mês de outubro a banana-prata foi o produto com a maior redução, este alimento apresentou alta nos últimos dois meses. De acordo com informações da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI,2025), a redução do preço da banana deve-se a dois fatores, o primeiro devido à entrada no mercado da banana oriunda do estado do Ceará, que tem concorrido com a fruta produzida na região do Vale do São Francisco, área que abrange os estados de Bahia e Pernambuco. E o segundo fator está relacionado ao aumento das temperaturas proporcionou uma aceleração no processo de maturação do fruto, levando a um desenvolvimento mais rápido da planta, e consequentemente, um aumento no volume de produção.
Segundo a pesquisa, observa-se variações dos preços da cesta básica em Feira de Santana no último trimestre (agosto/setembro/outubro) e nos últimos 12 meses (outubro de 2024 a outubro de 2025), em queda do preço da cesta básica no curto prazo (-3,48%), mas os preços da cesta aumentaram 13,64% ao longo dos últimos 12 meses. Esse cenário de queda no último trimestre amenizou a escalada de preços no ano de 2025.
Observa-se também que houve redução do preço de seis produtos no último trimestre (tomate, arroz, açúcar, feijão, café moído, e farinha de mandioca), essas reduções proporcionaram queda de 3,48% no preço da cesta básica de Feira de Santana.
Ao se averiguar os últimos 12 meses, ou seja, de setembro de 2024 a setembro de 2025, os preços da cesta básica aumentaram 6,25%. Nesse período, os produtos com as maiores reduções foram o arroz, o açúcar e o feijão. E as maiores altas foram observadas para o café, a carne e o óleo de soja.

Na análise da trajetória evolutiva dos preços da cesta básica nos últimos 12 meses, verificam-se movimentos de elevação dos preços a partir de novembro de 2024 a abril de 2025, tendo-se iniciado a trajetória de redução de preço, com um ligeiro repique em julho de 2025.

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Na avaliação do percentual de gasto de cada alimento no preço da cesta, ou seja, a participação percentual de cada alimento (preço médio multiplicado pela quantidade estabelecida de cada produto na cesta) no preço total da cesta, a pesquisa mostra que os produtos que mais pesaram na composição do preço da cesta básica foram a carne, o pão e a banana prata e os produtos que menos pesaram na cesta foram o arroz, o açúcar e o óleo de soja.
Os gastos com as despesas do café da manhã (pão, manteiga, café, leite e açúcar) totalizaram 38,64% do preço da cesta e a participação relativa do almoço (arroz, feijão, farinha e carne) foi de 36,55% do preço da cesta. Essas duas grandes refeições representaram 75,19% do preço da cesta, sendo que o feirense gastou, em média, R$ 211,04 (0,78% a menos que em setembro) com o café da manhã e gastou R$ 199,69 com o almoço (0,83% a menos que em setembro).

O preço da cesta básica ocupou 38,90% do salário mínimo líquido (salário mínimo descontada a contribuição previdenciária de 7,50%), 0,59 pontos percentuais inferior ao observado em setembro, exigindo que o trabalhador feirense trabalhasse 85 horas e 35 minutos para adquirir a cesta básica, resultando em uma hora e dezessete minutos a menos de trabalho para comprá-la.

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