Chile rejeita nova Constituição em plebiscito
Por dandara | 04/09/2022 23:19 e atualizado em 02/08/2024
Os chilenos votaram em plebiscito neste domingo (4) e rejeitaram, por ampla margem (62% a 32%), a proposta de nova Constituição. Com isso, continua válida a Carta em vigor desde a época da ditadura de Augusto Pinochet (1915-2006), que durou de 1973 a 1980.
Promulgado em 1980, o texto atual é a base para políticas econômicas tidas como liberais. Ele estabelece que o Estado deve “contribuir para criar as condições sociais” para a realização das pessoas, mas não pode participar de qualquer atividade empresarial.
Já o projeto derrotado mantinha uma economia de mercado, mas descrevia o Chile como um “Estado social e democrático de direito”, que deve prover bens e serviços para assegurar os direitos da população.
Apoiada pelo presidente Gabriel Boric, a proposta ambicionava consagrar um novo catálogo de direitos sociais em termos de saúde, aborto, educação e previdência, com ênfase ambiental e “plurinacionalidade” indígena. Alguns desses elementos provocaram divisões no país.
Por volta das 23h, com 99,92% das urnas apuradas, o placar era este: 61,87% pela reprovação (“Rechazo”) e 38,13% pela aprovação (“Apruebo”) do novo texto. O resultado representa apontou uma diferença de placar bem acima das projeções das pesquisas. No país, o voto é obrigatório, e mais de 15 milhões compareceram.
Com informações do g1.

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