‘É mais fácil ganhar as eleições do que recuperar o Brasil’, diz Lula
Por iwwa | 24/05/2022 14:25 e atualizado em 02/08/2024
Pré-candidato à Presidência da República, Lula (PT) defendeu a parceria com Geraldo Alckmin (PSB) e disse que o antigo opositor é mais que um puxador de votos de centro e centro-direita e afirmou que o ex-tucano será um vice atuante, caso a chapa saia vencedora nas eleições de outubro.
“Nao é ajudar só em São Paulo. O Alckmin vai ajudar a governar o país”, declarou o petista em entrevista à rádio +Brasil News, na manhã desta terça-feira (24), citando a sua própria experiência como presidente “bem sucedido” e a de Alckmin na administração do estado mais rico do país por quase duas décadas. Segundo Lula, a união entre os dois “é uma coisa que pode produzir benefícios extraordinários para o Brasil”.
“Quando eu trouxe o Alckmin, eu trouxe pra fazer uma fotografia para efetivamente a classe média, o centro brasileiro, as pessoas que às vezes têm medo do Lula com relação às mentiras que contam do Lula, as pessoas que por conveniência esqueceram que foram beneficiadas pelo meu governo”, admitiu o ex-presidente, afirmando, no entanto, que o vice será “um parceiro de verdade”.
“Ele vai ter um tratamento que teve o companheiro José Alencar, não é um vice inferior não, é um vice igual. Pra trabalhar igual, pra participar das reuniões, pra ajudar a decidir. É assim que eu quero que o Alckmin trabalhe, eu quero que ele viaje o Brasil pra conversar com trabalhadores, pra conversar com empresarios, pra conversar com intelectuais. Ele não será um vice de segunda classe. Ele será um vice de primeira categoria”, destacou Lula, afirmando ainda que seu objetivo maior é garantir a governabilidade.
“E eu estou procurando outras pessoas, porque eu acho que é mais fácil ganhar as eleições do que recuperar o Brasil. O Brasil está destruído. É como se tivesse passado uma praga de gafanhoto numa lavoura de milho”, defendeu o petista, segundo o qual o presidente Jair Bolsonaro (PL) “destruiu” a relação com o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Judiciário, além da relação com a Câmara, com o chamado “orçamento secreto”, classificado por ele como “o lado podre da política do Congresso Nacional”.
Lula criticou ainda a relação belicosa do atual presidente com governadores e prefeitos e defendeu que é necessário recuperar o país e “fazer as instituições voltarem à normalidade”. “O Executivo executa, o Legislativo legisla e o Judiciário cumpre aquilo que está na lei. É isso, que o povo quer, trabalhar e viver em paz”, afirmou, lembrando que quando esteve à frente do Palácio do Planalto manteve boa relação com os estados. “Quando você tem um mandato de Presidente da República, você não pensa na sua relação pessoal, você pensa na sua relação com entes federados. Você é um chefe de estado que está lidando com outro chefe de estado. Você não precisa saber que partido ele é, que igreja ele pertence, que time que ele torce. Você tem que saber que ele foi eleito pelo povo e que o povo daquele estado ou daquela cidade tem direitos. E você, então, cumpra com sua obrigação”, concluiu.
Fonte: Bahia.Ba

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