


Em cerimônia de 10 anos do Banco dos Brics, Dilma Rousseff faz avaliação da gestão
Por Yasmin Mota | 04/07/2025 12:38 e atualizado em 04/07/2025
Resumo da notícia
- Na celebração dos 10 anos do Novo Banco de Desenvolvimento, Dilma Rousseff defendeu um desenvolvimento sustentável, inclusivo e soberano. Ela afirmou que o banco se consolidou como uma instituição eficiente e adaptável, comprometida com solidariedade e equidade.
- Dilma alertou sobre o aumento das desigualdades globais, a fragmentação do mundo e o uso de sanções e tarifas como ferramentas políticas. Defendeu a necessidade de maior cooperação internacional e instituições que reflitam os desafios atuais.
- Criado em 2015, o NDB já financiou 120 projetos, totalizando US$ 39 bilhões. Dilma reforçou que o banco não busca substituir outras instituições, mas oferecer alternativas que respeitem os contextos e aspirações dos países em desenvolvimento.
Ao participar da cerimônia de 10 anos do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), a presidente da instituição, Dilma Rousseff, avaliou que o desenvolvimento deve ser sustentável, inclusivo, justo, resiliente e soberano. “Comemoramos, portanto, a primeira década do banco não só com orgulho, mas com senso renovado de propósito”.
“O mundo de hoje não é o mesmo de 2015. Está mais fragmentado, mais desigual e mais exposto a crises sobrepostas – crises climáticas, econômicas, geopolíticas. O multilateralismo está sob pressão. Testemunhamos um recuo na cooperação e o ressurgimento do unilateralismo.”
Segundo Dilma, tarifas, sanções e restrições financeiras estão sendo utilizadas como “ferramenta de subordinação política”. “Cadeias produtivas globais estão sendo reestruturadas, não apenas pela busca de mais eficiência, mas sim por interesses geopolíticos”.
“E o sistema financeiro internacional continua profundamente assimétrico, colocando os fardos mais pesados sobre aqueles com menos recursos. O cenário exige mais e não menos cooperação. E exige instituições que reflitam as realidades e as aspirações do mundo de hoje, não somente do mundo de oito décadas atrás, explicou”.
✅📲 AQUI A NOTÍCIA CHEGA PRIMEIRO: Seu novo portal de notícias de Feira de Santana e região! Entre no nosso grupo do WhatsApp e receba as principais notícias na palma da mão!
>> Siga o perfil oficial do T Notícias no Instagram para mais informações
Para Dilma, a missão proposta pelo NDB segue “não apenas relevante, mas essencial”. “Demonstramos, nos últimos 10 anos, que é possível construir uma instituição confiável, eficiente e adaptável, que produz resultados reais e, ao mesmo tempo, defende os valores da solidariedade, equidade e soberania”.
“Não temos o objetivo de substituir quem quer que seja. Porém, buscamos provar que há mais de uma maneira de promover o desenvolvimento. E os países emergentes e em desenvolvimento merecem instituições que compreendam seus desafios, respeitem suas escolhas e apoiem suas ambições”, concluiu.
Entenda
Criado em 2015, o New Development Bank ou Novo Banco de Desenvolvimento, também conhecido como Banco do Brics, é um banco multilateral de desenvolvimento criado para mobilizar recursos para financiar projetos de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento.
De acordo com o site da instituição, o NDB já aprovou um total de 120 projetos e US$ 39 bilhões (o equivalente a mais de R$ 210 bilhões) em financiamentos.
Países fora do Brics, como o Uruguai, a Argélia e Bangladesh, também podem fazer parte da instituição. Os fundadores do Brics, entretanto, são os maiores depositantes de recursos do banco de fomento. A Colômbia também manifestou interesse em se tornar integrante. A entrada no Brics, por outro lado, não garante acesso direto ao NDB.
Em 2023, a ex-presidente Dilma Rousseff foi escolhida presidente do NDB, sendo reeleita em 2025.
Acompanhe nas redes sociais: Band FM, Jovem Pan FM e TransBrasil FM. Também estamos presentes no grupo do WhatsApp.

leia também
