Estudante baiano de 14 anos ganha medalha de ouro em torneio internacional de matemática
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Estudante baiano de 14 anos ganha medalha de ouro em torneio internacional de matemática

Estudante baiano de 14 anos ganha medalha de ouro em torneio internacional de matemática Crédito: Divulgação

Um baiano de Salvador conquistou a medalha de ouro em uma das categorias da rodada global da Olimpíada Copernicus de Matemática, realizada em Nova Iorque, em 18 de julho. A competição tem apoio da Universidade de Columbia, instituição de ensino superior dos Estados Unidos que faz parte da liga de excelência Ivy League.

“Fiquei muito emocionado, estava me preparando há muito tempo. Quando subi no palco para receber a medalha, percebi que se houver dedicação, podemos conquistar muitas coisas”, afirmou o estudante baiano Rafael Assis Melo.

Rafael Assis Melo, de 14 anos, estuda em um colégio particular de Salvador e já participou de várias competições de matemática, sua matéria preferida na escola. Nos últimos quatro anos, ele disputou as medalhas nas seguintes competições:

– Olimpíada de Matemática do Estado da Bahia (OMEBA);

– Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP);

– Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA);

– Concurso Canguru de Matemática;

– American Mathematics Olympiad (AMO);

– TeenEagle Competition.

Apesar de já ter participado de torneios internacionais, essa foi a primeira vez que o baiano viajou para fora do país para competir. Em muitos dos campeonatos estrangeiros, as provas são aplicadas em diversos países ao redor do mundo para que mais estudantes possam participar.

Dessa vez foi diferente: Rafael desembarcou com a mãe, Kelma Assis Sandes, e o pai, Iury Andrade Melo, ambos médicos, no aeroporto de Nova Iorque. Eles arcaram com todos os custos da viagem.

“Nós sempre o estimulamos a participar dessas competições, porque vimos que ele gosta. Acho que é uma oportunidade de colocar os talentos em evidência, estimular o aprendizado e também o contato com pessoas de outras escolas, cidades e até países”, afirmou Kelma.

Em Nova Iorque, a competição aconteceu entre 14 e 18 de julho, na Universidade de Columbia. A instituição de ensino é bastante renomada nos Estados Unidos e no mundo, tendo como um dos ex-alunos o ex-presidente do país, Barack Obama.

Quando os organizadores de evento anunciaram o nome do estudante que havia ficado em terceiro lugar na categoria, Rafael acreditou que, dessa vez, não levaria uma medalha para casa. “Já tinha perdido as esperanças de um ouro”, contou.

Os pais dele também ficaram receosos. Receber a medalha de bronze em torneios como este, com centenas de participantes de todo o mundo, já é considerado bem difícil.

“Não chamaram no bronze, não chamaram na prata, então pensamos: ‘é, agora só resta o ouro mesmo’. Foi uma alegria imensa quando falaram o nome dele, os outros brasileiros celebraram junto com a gente”, contou a mãe de Rafael.

Para ganhar a medalha de ouro, o estudante precisava acertar entre 91% e 100% da prova, que abordava questões de múltipla escolha e resposta numérica. Entre os assuntos cobrados na avaliação, estavam: números racionais e irracionais, sistemas de equações, expressões algébricas e probabilidade.

Para o baiano, além da alegria de representar o Brasil e levar o ouro pra casa na categoria de estudantes do 7º e 8º ano do ensino fundamental, ficou também o aprendizado de conviver com as diferenças.

“Nunca tinha estado em uma sala com tanta gente diferente ao mesmo tempo, pessoas de vários países e culturas. O legal é que a matemática é a mesma em todos os idiomas. Línguas diferentes podem se comunicar usando números”, afirmou.

Além de participar da competição, o baiano conheceu o campus do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Boston. Assim como a Universidade de Columbia, a instituição de ensino está no ranking das melhores universidades do mundo.

De volta ao Brasil nos próximos dias, Rafael afirma que seguirá se dedicando a sua matéria preferida e pretende participar de mais torneios. “Na matemática tudo faz sentido, é como se fosse uma grande máquina com as engrenagens girando”, afirma.

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