Mauro Cid reafirma que Jair Bolsonaro leu minuta golpista durante reunião
Política

Mauro Cid reafirma que Jair Bolsonaro leu minuta golpista durante reunião

Mauro Cid reafirma que Jair Bolsonaro leu minuta golpista durante reunião Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Resumo da notícia

  • Em depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro teve contato direto com a minuta do golpe, leu o documento e solicitou alterações. O texto previa novas eleições e a prisão de autoridades, como ministros do STF.
  • Segundo Cid, o ex-assessor Filipe Martins levou um jurista para duas reuniões com Bolsonaro, nas quais o documento golpista foi discutido. A minuta inicialmente sugeria a prisão de ministros do STF e do presidente do Senado, mas depois foi modificada para citar apenas Alexandre de Moraes.
  • O processo entra em nova fase com o início dos depoimentos das testemunhas de defesa dos réus dos núcleos 2, 3 e 4, previstos até 23 de julho. A primeira etapa, com o núcleo de Bolsonaro e aliados, foi concluída no mês anterior.

O tenente-coronel Mauro Cid confirmou, nesta segunda-feira (14), que o ex-presidente Jair Bolsonaro teve contato e leu o documento golpista que previa a decretação de novas eleições e a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2022. Durante as investigações, o documento ficou conhecido como minuta do golpe.

Cid voltou a prestar depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, relator das ações penais que tratam dos núcleos 2,3 e 4 da trama golpista. Ele foi arrolado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), responsável pela acusação.

O militar, que foi ajudante de ordens no governo do presidente Jair Bolsonaro e é delator nas investigações, confirmou que Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais de Bolsonaro e réu no processo, levou um jurista para duas reuniões com o ex-presidente para apresentação do documento golpista.

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Segundo Cid, durante a reunião, Bolsonaro leu o documento e pediu alterações.

De acordo com o delator, o documento previa a prisão de ministros do Supremo, entre os quais, Alexandre de Moraes, e do então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mas foi alterado para prever somente a prisão de Moraes.

“O documento era composto de duas partes. A primeira parte eram os considerandos. Eram possíveis interferências que o STF e o TSE fizeram no processo eleitoral. A segunda, a prisão de autoridades e a decretação de eleições”, disse.

Mauro Cid presta depoimento por videoconferência. Por determinação do ministro, não são permitidas fotos, gravações de áudio e vídeo, nem transmissão ao vivo. Contudo, os advogados dos acusados e a imprensa podem acompanhar o depoimento.

Nova fase

O processo da trama golpista entra em uma nova fase nesta semana. Amanhã (15), começam a depor as testemunhas indicadas pelos réus que fazem parte dos três núcleos. Os depoimentos devem seguir até o dia 23 de julho.

No mês passado, o STF ouviu os depoimentos das testemunhas do Núcleo 1, formado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados.

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