Rodoviários aprovam estado de greve em Salvador após assembleia geral
Por dandara | 06/11/2023 15:03 e atualizado em 02/08/2024Os rodoviários aprovaram, nesta segunda-feira (6), estado de greve da categoria em Salvador. O sindicato mobilizou os trabalhadores nesta manhã em assembleia geral, realizada no bairro do Matatu. De acordo com o bahia.ba, ainda não há uma data oficial para a greve geral, mas a paralisação pode ser deflagrada ainda nesta semana.
“Ainda temos uma mesa de negociação amanhã. Depois dessa negociação, vamos deliberar, se a greve acontece ainda nesta semana ou não”, afirmou o vereador Hélio Ferreira (PCdoB), presidente licenciado, que também esteve presente no encontro.
A rodada de negociação acontece na terça-feira (7), na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT), com a presença do Ministério Público (MP) e dos empresários e sindicatos. O encontro busca chegar a um consenso para que a greve não seja realizada. Caso as negociações não avancem, a categoria prevê uma nova mobilização, antes de bater o martelo sobre a paralisação geral das atividades.
“Temos a assembleia final que a gente vai convocar a população, mas ainda a gente decidiu a data”, afirmou.
Nas redes sociais, o Sindicato afirmou que “cumprirá os ritos legais para a realização do movimento paredista caso não haja avanços nas negociações do cumprimento da convenção coletiva”, escreveu.
Os sindicalistas reivindicam o cumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho por parte dos empresários (CCT). Além disso, eles também cobram o pagamento do FGTS que está em atraso, assim como a substituição de cobradores por jovens aprendizes. No mês de outubro, obradores e motoristas atrasaram a saída dos coletivos de duas garagens em Salvador.
Em contrapartida, o prefeito da capital baiana, Bruno Reis (União Brasil) endureceu o tom contra os trabalhadores e rechaçou a possibilidade de uma suspensão geral dos transportes públicos.Durante coletiva de imprensa, na reabertura do Museu Nacional de Cultura Afro-Brasileira (Muncab), o chefe do Executivo municipal afirmou que ação é uma falta de “respeito com a população que não tem culpa de uma relação trabalhista”.