Rodoviários atrasam saída dos ônibus e Salvador amanhece com frota reduzida
Salvador

Rodoviários atrasam saída dos ônibus e Salvador amanhece com frota reduzida

Rodoviários atrasam saída dos ônibus e Salvador amanhece com frota reduzida Foto: TV Bahia

Pontos cheios e uma manhã de transtornos entre os usuários do transporte público de Salvador. Em campanha salarial, os rodoviários fizeram assembleias nas portas de duas das principais garagens de ônibus da capital, nesta quinta-feira (04) e atrasaram a saída dos coletivos.

As reuniões foram feitas nas garagens das concessionárias Plataforma, no bairro de Praia Grande, e na OT Trans, em Campinas de Pirajá. Em entrevista à Rádio Mix, o diretor do Sindicato dos Rodoviários, Fábio Primo, disse que a mobilização impactou em 30% da frota que só circulou após às 08 horas.

O representante da categoria disse ainda que aguarda um posicionamento por parte da prefeitura para mediar as negociações com os empresários e que uma paralisação de 24 horas já está programada para os próximos dias, mas não detalhou quando irá acontecer.

Os trabalhadores afirmam que os patrões têm negado itens da pauta elaboradas pelos rodoviários. Entre essas reivindicações estão: reajuste salarial entre 10% e 11%, aumento de 10% no vale alimentação, compensação das horas extras, permanência dos cobradores das passagens nos veículos.

Ao todo, a capital baiana tem cerca de 1.800 ônibus do transporte coletivo. Nesta manhã, só em uma das garagens, a da concessionária OT Trans, mais de 300 estão parados. Ainda não há um quantitativo do total de veículos que tiveram saídas atrasadas das garagens.

A paralisação afetou principalmente o miolo da cidade, além de todo o subúrbio – onde se concentra grande parte dos trabalhadores e estudantes que precisam do transporte urbano para se locomover, pela falta de outro sistema de transporte rodoviário.

A produção da Rádio Mix também conversou com o secretário de mobilidade de Salvador, Fabrizzio Muller que se disse surpreso com a mobilização. “Não fomos informados com antecedência à prefeitura, o que dificulta que a gente consiga minimizar os transtornos”, disse.

O secretário disse também que a prefeitura pretende ajudar nas negociações. “Mas vale lembrar que, apesar de ser um setor público, a concessão dos ônibus é da iniciativa privada que é quem pode resolver esse impasse”.

A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) disponibilizou veículos do sistema complementar, os chamados “amarelinhos”, para dar apoio à operação emergencial até que o funcionamento dos ônibus seja normalizado.

A Semob também informou que acompanha a movimentação nos principais pontos da cidade e nas estações de transbordo, para orientar os usuários durante a paralisação. A pasta disse ainda que tem acompanhado as negociações entre os rodoviários e as concessionárias.

g1 conversou com o representante das concessionárias, Jorge Castro, que detalhou que quatro reuniões de negociações já foram feitas, e mais de 40% das cláusulas já foram acordadas entre as partes. As questões que ainda estão pendentes são as econômicas: reajuste salarial, tíquete alimentação e plano de saúde.

* Os comentários não representam a opinião do veículo de comunicação; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


The reCAPTCHA verification period has expired. Please reload the page.

Grupo Lomes de Comunicação Ouça a Rádio
Departamento do Ouvinte Podcast
No ar
Programação