Conflito entre Israel, EUA e Irã ameaça economia mundial e inflação global pode aumentar em até 0,4%
Internacional

Conflito entre Israel, EUA e Irã ameaça economia mundial e inflação global pode aumentar em até 0,4%

Conflito entre Israel, EUA e Irã ameaça economia mundial e inflação global pode aumentar em até 0,4% Foto: Divulgação

Resumo da notícia

  • O conflito entre EUA e Irã levou o parlamento iraniano a aprovar o fechamento do Estreito de Ormuz, rota vital para 30% do petróleo mundial, gerando instabilidade nos mercados globais.
  • O fechamento pode elevar o preço do petróleo, pressionar a inflação mundial e manter juros altos, especialmente no Brasil, afetando consumo, investimentos e desacelerando a indústria chinesa.
  • Bolsas caíram, ações de defesa subiram e o ouro valorizou; a próxima semana será crucial para avaliar o impacto econômico, com risco de crise energética e recessão global caso o conflito se agrave.

O mundo está em alerta desde que  os Estados Unidos entraram no conflito entre Israel e Irã, com ataques a instalações nucleares iranianas. A resposta do parlamento do Irã foi imediata: a aprovação do fechamento do Estreito de Ormuz, uma das principais rotas do petróleo mundial. A medida ainda não foi implementada, mas já provocou instabilidade nos mercados e temor entre os analistas econômicos.

Para o economista Rosevaldo Ferreira, o maior risco no curto prazo é a interrupção do fornecimento de petróleo, já que cerca de 30% da produção global passa por Ormuz.

“Se esse estreito for de fato fechado, haverá impacto direto no preço do barril, que pode subir rapidamente. Esse aumento pressiona a inflação global e, por consequência, as taxas de juros”, explica.

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Segundo Rosevaldo, uma alta de 10% no preço do petróleo pode elevar em até 0,4% a inflação mundial, o que tornaria ainda mais difícil a queda de juros em países como o Brasil.

“No nosso caso, significa segurar a Selic alta por mais tempo, o que impacta diretamente o consumo e os investimentos”, afirma.

Os primeiros sinais de tensão já apareceram: bolsas de valores operaram em queda ao longo da semana passada, e empresas ligadas à defesa militar viram suas ações subirem, refletindo o aumento da demanda em tempos de conflito. O ouro, tradicional ativo de segurança, também iniciou leve alta.

Além da tensão nos mercados, há o efeito indireto sobre a China, que compra 40% do petróleo iraniano. Qualquer interrupção no fornecimento pode desacelerar a indústria chinesa e afetar cadeias produtivas no mundo todo.

“Ainda é cedo para medir o tamanho do impacto, mas o fato é que a economia global já está sentindo o cheiro da pólvora. Se a diplomacia falhar e o conflito escalar com mais países envolvidos, entramos numa rota de crise energética e recessão global”, alerta o economista.

Por ora, o petróleo ainda não disparou, mas a ameaça está no radar, e a próxima semana será decisiva para entender os efeitos econômicos dessa nova e perigosa fase do conflito.

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