Crime contra saúde pública: Polícia desmantela fábrica clandestina responsável por bebidas com metanol em São Paulo
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Crime contra saúde pública: Polícia desmantela fábrica clandestina responsável por bebidas com metanol em São Paulo

Crime contra saúde pública: Polícia desmantela fábrica clandestina responsável por bebidas com metanol em São Paulo Foto: Reprodução/ Globo

Resumo da notícia

  • A Polícia Civil de São Paulo desmantelou uma fábrica ilegal de bebidas alcoólicas em São Bernardo do Campo, ligada à mortes por intoxicação com metanol. O local utilizava etanol de postos de gasolina, adulterado com a substância tóxica.
  • Duas vítimas — incluindo o empresário Ricardo Lopes Mira e Bruna Araújo — morreram após consumir vodka adulterada com metanol em concentrações perigosas, vendida como bebida legítima em bares.
  • A proprietária do imóvel foi presa em flagrante e responderá por crimes contra a saúde pública. Celulares, computadores e bebidas foram apreendidos durante a operação, que contou com mandados em diversos locais ligados ao esquema.

A Polícia Civil de São Paulo localizou, nesta sexta-feira (10), em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, uma fábrica clandestina suspeita de produzir as bebidas alcoólicas adulteradas que resultaram na morte de duas pessoas por intoxicação com metanol no estado.

De acordo com as investigações, o local funcionava de forma ilegal e utilizava combustível etanol adquirido em postos de gasolina. Esse etanol, porém, estaria adulterado com metanol — uma substância altamente tóxica — e era misturado à produção de bebidas como vodka, posteriormente comercializadas como produtos legítimos.

A descoberta ocorreu durante a apuração dos primeiros casos de mortes na capital paulista, quando as vítimas consumiram “vodka” em um bar na Zona Leste de São Paulo. Com mandados de busca e apreensão, os policiais identificaram os responsáveis e conseguiram desarticular a fábrica pirata.

A proprietária do imóvel foi presa em flagrante e responderá por adulteração de bebidas. Ela será autuada pelos crimes de falsificação, corrupção e alteração de produtos alimentícios de forma a torná-los nocivos à saúde. A pena prevista varia de 4 a 8 anos de reclusão, além de multa.

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Vítimas da adulteração

Uma das vítimas identificadas é o empresário Ricardo Lopes Mira, de 54 anos, morador da Mooca, Zona Leste. No bar onde ele consumiu a bebida, os investigadores apreenderam nove garrafas — uma de gin e oito de vodka, abertas e fechadas.

Exames periciais confirmaram a presença de metanol em oito dessas garrafas, com concentrações entre 14,6% e 45,1%, níveis extremamente perigosos à saúde.

Caso Bruna Araújo

Na mesma operação, a Delegacia de Meio Ambiente e o Grupo de Operações Especiais (GOE) cumpriram oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados a um bar e a uma distribuidora suspeitos de fornecer vodka contaminada a um grupo de amigos que participava de uma festa em São Bernardo do Campo.

Entre as vítimas estava Bruna Araújo, de 30 anos, que morreu na última segunda-feira (6) em decorrência da intoxicação.

Durante a ação, celulares e computadores foram apreendidos, e os suspeitos conduzidos à delegacia para prestar depoimento.

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