Governo do Rio de Janeiro confirma 121 mortos em megaoperação contra Comando Vermelho
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Governo do Rio de Janeiro confirma 121 mortos em megaoperação contra Comando Vermelho

Governo do Rio de Janeiro confirma 121 mortos em megaoperação contra Comando Vermelho Foto: Reprodução/g1

Resumo da notícia

  • O governo do Rio de Janeiro confirmou 121 mortos na megaoperação contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha — 4 policiais e 117 suspeitos —, sendo a ação mais letal da história do estado; também houve 113 presos, incluindo pessoas de outros estados.
  • Moradores relataram ter encontrado dezenas de corpos na mata da Serra da Misericórdia, muitos levados à Praça São Lucas para reconhecimento; há divergências entre os números oficiais e os relatos locais, e as mortes serão periciadas para confirmar ligação com a operação.
  • A operação mobilizou 2,5 mil policiais e foi classificada pelo governo como “bem-sucedida”, embora ativistas e moradores descrevam a ação como “brutal”; a Secretaria de Segurança considerou o “dano colateral pequeno”, afirmando que quatro inocentes morreram.

O governo do Rio de Janeiro confirmou nesta quarta-feira (29) 121 mortos na megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha contra o Comando Vermelho. Foram 4 policiais e 117 suspeitos, segundo o secretário da Polícia Civil, o delegado Felipe Curi. Foi a operação mais letal da história do estado.

Moradores do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, afirmaram ter encontrado pelo menos 74 corpos, que foram levados para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, uma das principais da região, ao longo da madrugada desta quarta-feira (29). Curi disse que foram 63 corpos achados na mata.

Entenda os números divulgados até agora:

• O governo havia informado em balanço na terça que havia 64 mortos, sendo que 4 eram policiais civis e militares.

• Mas, na manhã desta quarta, o governador Cláudio Castro (PL-RJ) só confirmou oficialmente 58 mortos, sendo que eram 54 criminosos. Ele não esclareceu por que o número do balanço de ontem foi alterado.

• Em coletiva, a cúpula da segurança do RJ atualizou os números: 4 policiais e 117 suspeitos mortos.

• Moradores afirmam ter encontrado 74 mortos na mata, que foram levados uma praça na Penha. Secretário da Polícia Civil fala em “63 corpos achados na mata”.

• Haverá uma perícia para ver se há relação entre essas mortes e a operação.

• Curi disse também que foram 113 presos, 33 de outros estados, como Amazonas, Ceará, Pará e Pernambuco.

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O g1 apurou ainda que os corpos, todos de homens, estavam na área de mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, onde se concentraram os confrontos entre as forças de segurança e traficantes.

O governador Cláudio Castro disse considerar que a ação foi um “sucesso” e que só os quatro policiais mortos são “vítimas”.

Mais cedo, o governador não comentou os corpos encontrados pelos moradores na mata.

“A nossa contabilidade conta a partir do momento que os corpos entram no IML. A Polícia Civil tem a responsabilidade enorme de identificar quem eram aquelas pessoas. Eu não posso fazer balanço antes de todos entrarem”, afirmou.

O secretário da Polícia Militar, Marcelo de Menezes, explicou a estratégia das forças de segurança durante a megaoperação. Segundo ele, foi criado o que chamou de “Muro do Bope”: policiais avançaram pela área da Serra da Misericórdia para cercar os criminosos e empurrá-los em direção à mata, onde outras equipes do Batalhão de Operações Especiais já estavam posicionadas.

A explicação foi dada durante entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (29), quando a cúpula da Segurança Pública do Rio detalhou os resultados da ação.

O secretário de Segurança Pública, Victor Santos, classificou o “dano colateral” como “muito pequeno”, afirmando que apenas quatro pessoas inocentes morreram durante a ação. A ação contou 2,5 mil policiais civis e militares e é considerada pela cúpula da segurança como de alto risco.

Reconhecimento na praça

O ativista Raull Santiago é um dos que ajudaram a retirar os corpos da mata. “Em 36 anos de favela, passando por várias operações e chacinas, eu nunca vi nada parecido com o que estou vendo hoje. É algo novo. Brutal e violento num nível desconhecido”, disse.

Segundo apurou o g1, o objetivo do traslado dos corpos até a praça foi facilitar o reconhecimento por parentes. Moradores os deixaram sem camisa para agilizar esse processo, a fim de deixar à mostra tatuagens, cicatrizes e marcas de nascença.

Muitos dos mortos tinham feridas a bala – alguns estavam com o rosto desfigurado. Um tinha sido decapitado, mas não se sabia como.

Depois, a Polícia Civil informou que o atendimento às famílias para o reconhecimento oficial ocorre no prédio do Detran localizado ao lado do Instituto Médico-Legal (IML) do Centro do Rio, a partir das 8h.

Nesse período, o acesso ao IML está restrito à Polícia Civil e ao Ministério Público, que realizam os exames necessários. As demais necropsias, sem relação com a operação, serão feitas no IML de Niterói.

Corpos levados a hospital

Mais cedo, moradores também transportaram seis corpos em uma Kombi para o Hospital Estadual Getúlio Vargas. O veículo chegou em alta velocidade e saiu rapidamente do local.

Com informações do g1.

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