Homem é condenado a 28 anos de prisão por matar ex-companheira em Amélia Rodrigues
Bahia

Homem é condenado a 28 anos de prisão por matar ex-companheira em Amélia Rodrigues

Homem é condenado a 28 anos de prisão por matar ex-companheira em Amélia Rodrigues Foto: Redes Sociais

Resumo da notícia

  • Gevaneide Gonçalves dos Santos foi condenado a 28 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato da ex-companheira Ana Léa dos Santos Menezes, morta com um tiro na cabeça em 2008, em Amélia Rodrigues.
  • O crime foi motivado pela não aceitação do fim do relacionamento. O julgamento ocorreu nesta segunda-feira (3), durou cerca de seis horas, e o réu foi condenado por homicídio qualificado por motivo fútil, sem enquadramento em feminicídio, pois o crime ocorreu antes da inclusão dessa tipificação em 2015.
  • O condenado, preso em setembro de 2025 no Ceará após quase 18 anos foragido, está custodiado na Unidade Prisional de Novo Oriente. A defesa informou que pretende recorrer da sentença.

Um homem identificado como Gevaneide Gonçalves dos Santos foi condenado a 28 anos de prisão em regime fechado por matar a ex-companheira Ana Léa dos Santos Menezes com um tiro na cabeça. O crime aconteceu em 9 de novembro de 2008, em Amélia Rodrigues, cidade a cerca de 30 km de Feira de Santana, e foi motivado pela não aceitação do fim do relacionamento. A vítima tinha 30 anos quando foi morta.

O julgamento foi realizado nesta segunda-feira (3) e durou cerca de seis horas, começando às 9h30 e terminando às 15h30. O réu, que acompanhou o júri por videoconferência, foi condenado por homicídio qualificado por motivo fútil, segundo o Tribunal de Justiça da Bahia. O crime não foi enquadrado como feminicídio, já que essa tipificação só foi incluída no Código Penal brasileiro a partir de 2015.

Atualmente, Gevaneide está custodiado na Unidade Prisional de Novo Oriente, no Ceará, pela morte de Ana. Ele foi preso em setembro deste ano, na cidade de Tauá, também no interior cearense, após quase 18 anos foragido. Segundo a defesa, o advogado pretende recorrer da sentença e ainda não há definição sobre o presídio para onde o condenado será transferido.

Entenda o crime

De acordo com depoimentos de familiares, no dia do crime, Ana Léa estava na casa da mãe quando pediu que a filha, de 10 anos, fosse até a residência onde moravam, a poucas casas de distância, buscar uma roupa.

Ao chegar, a menina encontrou o autor do crime dentro da casa. Ele pediu que ela chamasse a mãe e não contasse a ninguém que ele estava ali. A filha voltou e avisou à mãe. Quando Ana Léa entrou na casa, foi atingida por um tiro à queima-roupa na cabeça.

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Após o disparo, o acusado saiu do local e entrou em contato com uma pessoa de confiança, a quem confessou o crime. Segundo a investigação, essa pessoa ajudou na fuga de Gevaneide e comunicou o ocorrido a conhecidos da família da vítima, que avisaram os parentes.

Quatro familiares foram até a casa e encontraram Ana Léa baleada no chão. Ela chegou a ser levada ao Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana, mas teve morte cerebral confirmada.

A prima de Ana Léa, Deisiane Ramis, descreveu a cena como uma das mais dolorosas da vida dela e relembra o momento de desespero após o crime.

“Uma pessoa da rua veio me dizer que ‘Galego’, como ele era conhecido, tinha atirado em Ana Léa. Quando cheguei lá, encontrei a pior cena da minha vida, o filho dela, de 9 anos, ajoelhado no chão, orando e pedindo a Deus que salvasse a mãe. A mãe dela estava com um terço na mão, rezando, em desespero. Foi uma cena de terror”, relatou a prima da vítima.

Histórico de agressões e ameaças

A família contou que Ana Léa manteve um relacionamento de cerca de dois anos com o agressor. Durante esse período, era vítima de agressões físicas e ameaças constantes, o que a levou a decidir pela separação.

Cerca de três meses após o término, ele passou a perseguir e ameaçar a vítima. Segundo relatos de amigas, o homem chegou a afirmar que “a próxima Eloá da Bahia seria ela”, em referência ao caso da jovem Eloá Pimentel, morta em 2008 pelo ex-namorado após ser feita refém.

“Ele ficava seguindo ela, aparecia no banco onde trabalhávamos e ficava do lado de fora, ameaçando ela e ligava sem parar, sempre raivado. Um dia antes do crime, em uma das ligações, eu atendi e expliquei a ele que ela não podia atender, pois estava em treinamento. Foi nesse momento que ele me disse: ‘Ela não vai atender não? Pois você vai enterrar sua amiga’”, contou Néia Machado, colega de trabalho da vítima.

Na época, os filhos de Ana Léa ainda eram crianças e ficaram sob os cuidados da família.

Com informações do g1 BA.

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