Inflação oficial de Salvador e região tem forte desaceleração em julho puxada por alimentos e transportes
Por Hamurabi Dias | 12/08/2025 17:55 e atualizado em 12/08/2025
Foto: Agência Brasil
Resumo da notícia
- IPCA ficou em 0,02%, uma forte desaceleração em relação a junho (0,29%), sendo a segunda menor alta entre as regiões pesquisadas pelo IBGE.
- A inflação da RM Salvador está abaixo da média nacional (0,26% em julho) e acumula alta de 3,02% no ano, ocupando a 11ª posição entre 16 regiões.
- Nos 12 meses até julho, a inflação acumulada foi de 5,06%, menor que a nacional (5,23%), mantendo-se na 11ª posição em termos de variação entre as regiões analisadas.
Em julho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo IBGE, ficou em 0,02% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Teve forte desaceleração (aumentou menos) em relação ao mês anterior, quando havia sido de 0,29%, e foi o mais baixo em pouco mais de um ano, desde a deflação (queda média de preços) registrada em junho de 2024 (-0,04%).
A inflação de julho na RM Salvador ficou bem abaixo da registrada no Brasil como um todo (0,26%) e foi a 2ª menor alta, entre os 16 locais pesquisados separadamente pelo IBGE, acima apenas da verificada em Brasília/DF (0,01%). No mês, 11 locais tiveram aumentos médios de preços, liderados pelas regiões metropolitanas de São Paulo/SP (0,46%), Porto Alegre/RS (0,41%) e Curitiba/PR (0,33%). Dentre as 5 regiões com deflação, as mais intensas ocorreram nos municípios de Campo Grande/MS (-0,19%), Rio Branco/AC (-0,15%) e Goiânia/GO (-0,14%).
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Com o resultado do mês, o IPCA da RM Salvador acumula alta de 3,02% no ano de 2025. Está abaixo do índice nacional (que é de 3,26%) e é o 11º entre as 16 áreas, num ranking encabeçado pelo município de Aracaju/SE (3,74%) e pelas RMs Belo Horizonte/MG (3,61%) e Porto Alegre/RS (3,59%).
Nos 12 meses encerrados em julho, a inflação na RM Salvador desacelerou, acumulando alta de 5,06% (frente a 5,23% nos 12 meses encerrados em junho). Também continuou abaixo da registrada no Brasil como um todo (5,23%) e se manteve apenas a 11ª mais elevada entre os 16 locais.
Por grupo
A inflação de julho na Região Metropolitana de Salvador (0,02%) foi resultado de altas em quatro dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA.
Com a maior variação no mês, as despesas pessoais (1,19%) também exerceram a principal pressão inflacionária de julho, na RMS, puxadas, sobretudo, pelos jogos de azar, que tiveram o segundo maior aumento de preços dentre as centenas de produtos e serviços pesquisados pelo IPCA (11,17%).
A hospedagem (2,46%) também registrou alta importante no grupo, refletindo a demanda aquecida pelo período de férias de meio de ano em alguns estados do país.
A variação do grupo saúde e cuidados pessoais (0,65%) foi a segunda maior e também exerceu a segunda principal influência no sentido de puxar o custo de vida para cima, em julho, na RMS. As altas do perfume (2,06%) e dos planos de saúde (0,38%) foram as mais significativas.
Dentre os cinco grupos de produtos e serviços com quedas médias de preços, em julho, na Região Metropolitana de Salvador, as maiores contribuições no sentido de segurar o IPCA do mês vieram de alimentação bebidas (-0,56%) e transportes (-0,44%) – que têm os maiores pesos na formação do índice de inflação.
Os alimentos tiveram uma segunda deflação consecutiva, aprofundando a queda, que havia sido de -0,05% em junho. Foram puxados exclusivamente pelos produtos comprados para consumo em casa (-1,02%), como cebola (-15,57%), manga (-22,60%, maior queda de preços entre os produtos e serviços pesquisados), leite longa vida (-4,52%), batata-inglesa (-12,69%) e frango em pedaços (-2,76%). A alimentação fora do domicílio, por sua vez, teve alta relevante (0,78%).
Já no grupo transportes, que voltou a recuar, após alta de 1,04% em junho, a principal contribuição veio da gasolina (-3,86%), item que, individualmente, mais puxou para baixo a inflação de julho, na RM Salvador.
A deflação dos transportes só não foi maior porque as passagens aéreas tiveram, em julho, o maior aumento entre os produtos e serviços pesquisados (21,27%), exercendo também a principal pressão inflacionária individual no mês.
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