PSOL pede para STF suspender decisão do Congresso Nacional que derrubou decreto do IOF
Por Hamurabi Dias | 28/06/2025 10:44 e atualizado em 28/06/2025
Foto: Divulgação
Resumo da notícia
- O PSOL entrou com ação no Supremo Tribunal Federal para suspender a decisão do Congresso que derrubou o decreto presidencial que aumentava alíquotas do IOF. O partido argumenta que não houve abuso de poder regulamentar por parte do Executivo.
- O decreto fazia parte das estratégias do Ministério da Fazenda para aumentar a arrecadação e cumprir metas do arcabouço fiscal, elevando o IOF sobre operações de crédito, câmbio e seguros.
- Após críticas do Congresso, o governo editou uma medida provisória que eleva tributos sobre apostas e investimentos isentos, além de cortar R$ 4,28 bilhões em despesas obrigatórias. O STF ainda não tem data para decidir sobre a ação.
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) entrou nesta sexta-feira (27) com uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a deliberação da Câmara dos Deputados e do Senado que derrubou o decreto editado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para aumentar alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
A ação foi distribuída eletronicamente para o ministro Gilmar Mendes, que será o relator do caso. Não há prazo para decisão.
Na ação, o partido, que faz parte da base do governo, reconhece que a Constituição autoriza o Congresso a sustar medidas do Executivo. Contudo, a legenda diz que a suspensão só pode ocorrer nos casos em que houver exorbitância do poder regulamentar do presidente da República.
Para o PSOL, o decreto apenas alterou as alíquotas do IOF, “não havendo qualquer desrespeito ao limite de atuação normativa”.
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“O Congresso Nacional, ao sustar o Decreto nº 12.499/2025, por meio do DL 176/2025, sem a devida demonstração de exorbitância de poder normativo, violou os próprios limites fixados no art. 49, V, da Constituição. O STF, inclusive, já declarou inconstitucional decreto legislativo editado nessas mesmas condições, como se verifica no julgamento da ADI 5744”, argumenta o partido.
Na última quinta-feira (26), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo avalia se também vai recorrer ao STF contra a derrubada do decreto.
Decreto e MP
O decreto fazia parte de medidas elaboradas pelo Ministério da Fazenda para reforçar as receitas do governo e atender às metas do arcabouço fiscal. No fim de maio, o presidente Lula editou um decreto que aumentava o IOF para operações de crédito, de seguros e de câmbio. Diante da pressão do Congresso, o governo editou, no início de junho uma medida provisória com aumento de tributos para bets (empresas de apostas) e para investimentos isentos.
A medida provisória também prevê o corte de R$ 4,28 bilhões em gastos obrigatórios neste ano. Em troca, o governo desidratou o decreto do IOF, versão que foi derrubada pelo Congresso nesta semana.
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