TSE julga processo que pede cassação do governador do Rio de Janeiro nesta terça, 4
Por Yasmin Mota | 04/11/2025 12:26 e atualizado em 04/11/2025
Foto: Rogério Santana/ Governo RJ
Resumo da notícia
- O Tribunal Superior Eleitoral julga, nesta terça-feira (4), um recurso que pede a cassação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, acusado de utilizar recursos públicos para favorecer sua campanha eleitoral de 2022.
- A acusação é de que o governo estadual contratou 45 mil pessoas de forma suspeita e sem critérios claros, com pagamentos em dinheiro vivo, para apoiar a campanha de Castro.
- Em 2022, Castro foi absolvido por 4 votos a 3 pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio, que considerou as irregularidades não suficientes para comprometer o resultado da eleição.
O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem na pauta desta terça-feira (4) o julgamento de um recurso em que o Ministério Público Eleitoral (MPE) pede a cassação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro.
O processo foi incluído na pauta de julgamentos na semana passada, um dia após a Operação Contenção, deflagrada para combater o crime organizado no Complexo da Penha, ter resultado na morte de 121 pessoas, incluindo quatro policiais.
Para o MPE, Castro se valeu da contratação de mão de obra temporária por órgãos ligados ao governo para irrigar sua campanha eleitoral de 2022 com dinheiro público. Segundo a denúncia, os temporários eram contratados sem critérios claros, sob suspeita de indicação política e recebiam “na boca do caixa” em dinheiro vivo.
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Contratações suspeitas
Ainda segundo a acusação, o número de contratações suspeitas chegou a 27 mil na Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj) e a 18 mil na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), todas durante a campanha eleitoral de 2022.
Em maio do ano passado, Castro foi absolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), por 4 votos a 3. Prevaleceu, na ocasião, o entendimento de que mesmo que as irregularidades tenham ocorrido, não teria ficado comprovado o envolvimento do agora governador nos desvios.
Irregularidades
Para a maioria do TRE-RJ, as irregularidades também não teriam sido capazes de influenciar o resultado final da eleição.
Ficou vencido o relator, desembargador Peterson Barroso Simão, que havia votado pela cassação. Ele considerou ter ficado demonstrada a existência de contratações irregulares e que elas comprometeram o resultado eleitoral a favor de Castro.
“Foram contratadas pessoas que não moravam no estado do Rio de Janeiro. E há notícias até de pagamentos para presidiários, funcionários fantasmas e servidores públicos com acumulação de cargo indevido”, frisou Simão.
Em 2022, Cláudio Castro foi eleito no primeiro turno com 60% dos votos válidos, tendo recebido cerca de 2,6 milhões a mais do que o segundo colocado, Marcelo Freixo (PSOL).
Com informação da Agência Brasil.
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