UEFS aprova título de Doutora Honoris Causa à Mãe Maria Pequena de Ogum
Feira de Santana

UEFS aprova título de Doutora Honoris Causa à Mãe Maria Pequena de Ogum

UEFS aprova título de Doutora Honoris Causa à Mãe Maria Pequena de Ogum Foto: Tambor Caju

Resumo da notícia

  • O Conselho Universitário da UEFS aprovou, por unanimidade, a concessão do título de Doutora Honoris Causa à líder espiritual Mãe Maria Pequena de Ogum (Maria José Pereira de Carvalho), em reconhecimento à sua contribuição cultural, espiritual e social.
  • A reitora Amali Mussi destacou que o título representa uma reparação histórica e celebra a pluralidade de saberes e a força das comunidades tradicionais de matriz africana, valorizando a atuação de Mãe Maria Pequena na promoção da cidadania e da memória afro-brasileira.
  • Nascida em 1940, em São Gonçalo dos Campos, e radicada em Feira de Santana, Mãe Maria Pequena fundou e mantém há mais de 50 anos um terreiro de Umbanda, que se tornou um centro de acolhimento, formação cidadã e preservação de saberes ancestrais e culturais.

Em um momento histórico na última segunda-feira (3), o Conselho Universitário (Consu) da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) aprovou, por unanimidade, a concessão do título de Doutora Honoris Causa à líder espiritual e referência cultural Maria José Pereira de Carvalho, conhecida como Mãe Maria Pequena de Ogum.

A reunião, realizada na Sala dos Conselhos da Reitoria da instituição, contou com a participação dos conselheiros e foi conduzida pela presidente do Consu e reitora da universidade, Amali Mussi.

“A concessão do título de Doutora Honoris Causa à Mãe Maria Pequena de Ogum é um marco de profundo significado para a nossa universidade, para o estado da Bahia e para o Brasil. Estamos reconhecendo uma mulher que, há mais de cinco décadas, transforma espiritualidade em acolhimento, saberes orais em patrimônio e tradição em cidadania. É com muita honra que trazemos ao Consu essa pauta tão importante de reparação e reconhecimento, celebrando uma liderança que representa a pluralidade de saberes que a UEFS valoriza, preserva e defende”, ressaltou a reitora Amali Mussi.

A proposta foi apresentada pelo professor Jeanderson Santos, do curso de Licenciatura em Música da UEFS, e analisada por uma comissão composta pelos docentes Joelma Oliveira, Koji Nagahana e Marco Antonio Barzano. Os integrantes da comissão destacaram a relevância da trajetória da homenageada para os campos da cultura, da educação popular e da preservação da memória afro-brasileira.

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“A concessão do título de Doutora Honoris Causa pela UEFS representa o reconhecimento institucional da importância histórica, espiritual e cultural de Mãe Maria Pequena de Ogum. A homenagem celebra não apenas sua trajetória pessoal, mas também a força das comunidades tradicionais de matriz africana e sua contribuição para a construção de uma sociedade mais plural, justa e consciente de suas raízes”, destacou Marco Antonio Barzano, presidente da comissão de avaliação da honraria, durante o parecer apresentado na reunião do Consu.

Para o professor Jeanderson Santos, a concessão da honraria à Mãe Maria Pequena de Ogum representa um marco histórico que celebra o reconhecimento dos saberes produzidos nos terreiros por mulheres negras. “Ao reconhecer Mãe Maria Pequena de Ogum, a UEFS legitima, em âmbito institucional, a trajetória de uma mestra que há 50 anos forma pessoas, cura feridas, alimenta corpos e espíritos e fortalece identidades”, frisou.

Vida dedicada à espiritualidade, cultura e cidadania

Nascida em 1940, no município de São Gonçalo dos Campos, Mãe Maria Pequena de Ogum está radicada em Feira de Santana, onde fundou e consolidou, há mais de cinco décadas, o Terreiro de Umbanda que leva sua marca espiritual. Sob sua liderança, o templo se transformou em um espaço de acolhimento social, formação cidadã e preservação de saberes ancestrais.

Mais do que um local de culto, o terreiro tornou-se um verdadeiro centro comunitário, onde se transmitem oralmente tradições musicais, cânticos, pontos e rezas que mantêm viva a memória da diáspora africana. Esses saberes, cultivados e compartilhados por Mãe Maria Pequena de Ogum, são reconhecidos como patrimônio cultural imaterial de valor inestimável.

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