Operação contra facção na Bahia prende 18 pessoas e desarticula grupo envolvido em homicídios, tráfico de drogas e outro crimes
Por Hamurabi Dias | 24/09/2025 17:50 e atualizado em 24/09/2025
Resumo da notícia
- A Operação Castelo de Cartas prendeu 18 pessoas em Jequié e cumpriu 30 mandados de busca em diferentes cidades da Bahia e no Pará, visando desarticular uma facção envolvida em homicídios, tráfico, armas e lavagem de dinheiro.
- Foram apreendidos cerca de 2 kg de drogas, celulares, motocicletas, dinheiro e bens; além disso, 30 contas bancárias foram bloqueadas e valores superiores a R$ 2 milhões foram sequestrados.
- O grupo é apontado como responsável por pelo menos 19 homicídios em 2025 e buscava consolidar domínio territorial em Jequié, recrutando jovens e mantendo líderes com padrão de vida de luxo; a operação mobilizou 120 policiais civis.
Dezoito pessoas foram presas na manhã desta quarta-feira (24), durante a Operação Castelo de Cartas, deflagrada pela Polícia Civil da Bahia em Jequié e cidades da região. A ação tem como objetivo desarticular um grupo criminoso envolvido em homicídios, tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e lavagem de dinheiro.
Foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão em diversos endereços, incluindo dois em Feira de Santana e um no estado do Pará. Em Jequié, foram realizadas 18 prisões, ocorridas nos bairros Joaquim Romão, Cachoeirinha, Baixa do Bonfim, Pedreira, Centro, Água Branca, Jequiezinho, Mandacaru e Pompílio Sampaio.
A operação resultou na apreensão de aproximadamente 2 kg de drogas, balanças de precisão, dinheiro em espécie, 15 celulares e oito motocicletas. Também foram bloqueadas 30 contas bancárias ligadas ao grupo criminoso e sequestrados bens e valores que movimentaram mais de R$ 2 milhões no último ano.
As investigações começaram em janeiro de 2025, após uma sequência de homicídios de extrema violência na cidade. Somente nesta fase, foi possível atribuir ao grupo a autoria de pelo menos 19 homicídios consumados em 2025.

Foto: Divulgação/Ascom/PCBA
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De acordo com o inquérito, a organização criminosa buscava consolidar domínio territorial em Jequié, utilizando-se da cooptação de jovens e adolescentes e da violência sistemática contra grupos rivais e dissidentes internos. As ações eram marcadas por execuções sumárias, mortes decorrentes de disputas e o comércio de drogas e armas de alto poder de fogo. As apurações também revelaram que os lucros ilícitos eram repartidos entre os líderes da facção, que ostentavam elevado padrão de vida com imóveis, veículos e objetos de luxo.
A Operação Castelo de Cartas contou com 120 policiais civis, distribuídos em 30 equipes. Além de Jequié, houve cumprimento de mandados em Salvador, Feira de Santana, Eunápolis e Belém, no Pará. A ação foi coordenada pelo Núcleo de Homicídios de Jequié, com apoio da 9ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Jequié) e da Diretoria Regional de Polícia do Interior (Dirpin/Sudoeste). As investigações prosseguem com o intuito de identificar e prender outros envolvidos, reafirmando o compromisso da Polícia Civil da Bahia no combate aos homicídios, ao tráfico de drogas, aos crimes contra o sistema nacional de armas e às organizações criminosas.
Delegado Roberto Júnior, diretor da Dirpin Sudoeste
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