Pacto Feira pela Alfabetização é lançado e busca tirar cidade das piores posições em aprendizado
Feira de Santana Educação

Pacto Feira pela Alfabetização é lançado e busca tirar cidade das piores posições em aprendizado

Pacto Feira pela Alfabetização é lançado e busca tirar cidade das piores posições em aprendizado Foto: Hamurabi Dias

Resumo da notícia

  • O município ocupa posições baixas nos rankings nacionais e estaduais de alfabetização, com apenas 40% dos alunos do 2º ano dominando leitura e 20% matemática; o IDEB 2023 foi 4,4, abaixo da meta de 5,1.
  • A iniciativa, liderada pela SEDUC e apoiada pela Prefeitura, busca alfabetizar todas as crianças até o 2º ano, com participação de escolas, universidades, empresas, famílias e sociedade civil.
  • Reforço escolar aos sábados (Sabadou), monitoramento contra evasão, formação continuada de professores, rodas e cantinhos de leitura, apoio empresarial e valorização de boas práticas, com expectativa de melhorias já em 2025 e resultados mais consistentes a partir de 2026.

Em cerimônia realizada no auditório da Secretaria Municipal de Educação (SEDUC) em Feira de Santana, foi lançado na última segunda-feira (22) o pacto Feira pela Alfabetização, que busca garantir que todas as crianças matriculadas na rede municipal sejam alfabetizadas na idade certa. A iniciativa nasce com a proposta de tirar o segundo maior município da Bahia das últimas posições no quesito aprendizado.

O tamanho do desafio foi reconhecido pela própria gestão municipal. Segundo dados revelados pelo secretário municipal de Educação e vice-prefeito Pablo Roberto Silva, entre os 69 municípios brasileiros com mais de 5 mil estudantes no 2º ano, Feira de Santana ocupa a posição 68º quando se avalia o aprendizado. Em todo Brasil, entre os 5.477 municípios com alunos no 2º ano, Feira de Santana está na posição 3.557. Já na Bahia, no ranking entre os 398 municípios com alunos no 2º ano, a posição de Feira de Santana é 230º. Já o IDEB municipal em 2023 registrou a nota 4,4 quando a meta era 5,1.

Para vencer esse desafio, o pacto tem como objetivo unir escolas, sociedade civil, universidades, empresas e personalidades feirenses para promover ações coletivas que incentivem a alfabetização e o aprendizado. “É um programa que é para a cidade. Nenhum cidadão feirense, ninguém que tenha acompanhado a educação em Feira de Santana está satisfeito com os resultados que vêm se apresentando ao longo dos anos. E nós queremos mudar essa realidade. E por isso nós estamos trabalhando muito, pesquisando muito, viajando, buscando experiências e em uma dessas visitas que nós fizemos a uma determinada cidade que tem as características populacionais de educação como a que Feira de Santana tem, só foi possível mudar os indicadores, tanto a avaliação do IDEB que é extremamente importante, mas as outras avaliações a partir do momento que a sociedade civil participou então, claro que a Prefeitura de Feira de Santana, a Secretaria de Educação ela reconhece as obrigações legais, o compromisso com a educação, mas nós queremos envolver a cidade, a sociedade civil organizada”, disse o secretário Pablo Roberto.

Segundo o gestor, os resultados da iniciativa podem ser verificados já no ano letivo de 2025.  “Toda criança deve ser alfabetizada até o segundo ano. De todos os alunos matriculados no segundo ano em Feira de Santana, apenas 40% dominam a leitura e apenas 20% dominam a matemática. Então, isso é um número muito triste para todos nós. Nós queremos mudar isso. Então, o ponto alto da campanha, o ponto central da campanha nesse momento é fazer com que toda criança possa ser alfabetizada até o segundo ano. Nós já vamos colher resultados positivos esse ano. A nossa avaliação interna já mostra que nós alcançamos o índice de aproveitamento para aplicação da avaliação de 83%, o que foi 76% no ano passado. Então, nós vamos colher resultados esse ano, não tenho a menor dúvida. Agora, resultados em uma proporção maior da que nós queremos, nós vamos começar a partir do ano 2026, certamente”, revelou.

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O prefeito José Ronaldo de Carvalho também participou do lançamento do pacto Feira pela Alfabetização. O chefe do executivo elogiou o esforço para a construção do pacto e convidou a sociedade para participar. “O que é um pacto? É a soma de pessoas, é uma soma de ideias, de pensamentos, de atitudes. É uma série de fatores. Infelizmente, o poder público, sozinho, ele não está resolvendo isso. É preciso melhorar, é preciso resolver. Nós precisamos resolver isso. Então, nós observamos vários lugares, buscando informações, conhecimentos e a gente vê que no local onde a sociedade participa mais, melhora. Onde a sociedade participa, ela evolui mais. Então, o que é que a gente busca? Que a sociedade participe dentro desse processo. O pai, a mãe, o irmão, a sociedade o colégio particular, a universidade que seja pública ou particular, todos somem na busca de melhorar a educação em Feira de Santana”, disse.

Feira de Santana: indicadores educacionais

Em 2024, a avaliação de fluência PARC (Programa de Alfabetização em Regime de Colaboração), aplicada ao 2º ano, mostrou que apenas 9% dos estudantes são leitores fluentes e 47% leitores iniciantes. Já em 2025, o programa Novos Caminhos da Educação, em parceria com o Sistema Educar para Valer (SAEV), identificou que apenas 14% dos alunos do 2º ano são leitores e 29% dos alunos do 5º ano dominam as habilidades de leitura esperadas.

No SABE 2023, apenas 42% dos estudantes do 5º ano atingiram nível adequado em Língua Portuguesa e 20% em Matemática. O Compromisso Criança Alfabetizada (ICA) de 2024 mostrou que apenas 33,19% das crianças estavam alfabetizadas na idade certa, quando a meta nacional era de 39%. Já o IDEB 2023 dos anos iniciais foi de 4,4, abaixo da meta de 5,1.

Mais informações sobre o pacto Feira pela Alfabetização

– Mobilização da sociedade

O pacto prevê frentes de atuação com diferentes setores:

Sociedade acadêmica: estudantes universitários, em parceria com o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), vão atuar em escolas, apoiando práticas de leitura e escrita.

Sociedade civil: instituições religiosas, associações de bairro, sindicatos e estabelecimentos comerciais poderão criar cantinhos de leitura. Membros de associações culturais também poderão se cadastrar para promover rodas de leitura em escolas, bibliotecas e praças.

Sociedade empresarial: empresas locais serão incentivadas a apoiar o movimento com ações como criação de espaços de leitura e apoio a iniciativas que estimulem a alfabetização.

– Ações da Seduc

A Secretaria de Educação também dará início a uma série de estratégias próprias, entre elas:

Sabadou: turmas de reforço intensivo aos sábados, do 1º ao 5º ano, com foco nas principais dificuldades dos estudantes. Os professores envolvidos serão remunerados;

Monitoramento e busca ativa: ações voltadas para combater a evasão escolar e garantir frequência dos alunos;

Formação continuada dos professores;

Reuniões periódicas com gestores escolares, priorizando a escuta ativa e o planejamento estratégico;

Valorização de boas práticas escolares, com premiações para professores, alunos e unidades de destaque.

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