Saiba quem eram os quatro policiais que morreram em megaoperação no Rio de Janeiro
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Saiba quem eram os quatro policiais que morreram em megaoperação no Rio de Janeiro

Saiba quem eram os quatro policiais que morreram em megaoperação no Rio de Janeiro Foto: Montagem/G1

Resumo da notícia

  • Quatro policiais — dois civis e dois militares — morreram durante a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, a mais letal da história do Rio, que deixou 121 mortos e 113 presos.
  • As vítimas foram: Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho (“Máskara”), 51 anos, e Rodrigo Velloso Cabral, 34, ambos da Polícia Civil; Cleiton Serafim Gonçalves, 42, e Heber Carvalho da Fonseca, 39, do Bope — todos mortos em confrontos com criminosos do Comando Vermelho.
  • Os policiais foram homenageados pelas corporações por sua coragem e dedicação; Marcus havia sido promovido na véspera da operação e Rodrigo estava na polícia havia menos de dois meses.

Quatro policiais — 2 civis e 2 militares — morreram nesta terça-feira (28) durante a megaoperação das forças de segurança nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

A ação, que integra a Operação Contenção, foi a mais letal da história do estado. Segundo o governo do RJ, há 121 mortos.

• Segundo o secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, ontem foram confirmadas 58 mortes, sendo quatro delas de policiais.

• Hoje foram encontrados mais 63 corpos “na mata”, segundo o secretário. Moradores da região da Penha afirmam ter encontrado 74 mortos em uma região de mata e, depois, levado os cadáveres a uma praça.

Esses corpos não estavam nos números oficiais, informou o secretário da PM, coronel Marcelo de Menezes Nogueira.
113 pessoas foram presas, ainda de acordo com o balanço oficial mais recente. A operação mobilizou 2.500 agentes das forças de segurança do Rio.

Entre os feridos está o delegado-adjunto da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Bernardo Leal. Baleado, passou por cirurgia, e seu estado de saúde é considerado grave.

Os policiais mortos são:

• Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, 51 anos, conhecido como Máskara, comissário da 53ª DP (Mesquita);

• Rodrigo Velloso Cabral, 34 anos, da 39ª DP (Pavuna);

• Cleiton Serafim Gonçalves, 42 anos, 3º sargento do Bope;

• Heber Carvalho da Fonseca, 39 anos, 3º sargento do Bope.

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Mortos em combate

De acordo com a Polícia Civil, Máskara e Cabral foram atingidos durante a chegada das equipes ao Complexo da Penha, quando traficantes do Comando Vermelho (CV) reagiram a tiros e montaram barricadas em chamas. Eles chegaram a ser levados para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiram.

Os sargentos Cleiton Serafim e Heber Fonseca, do Bope, foram baleados em confrontos na Vila Cruzeiro, também durante o avanço das tropas pela comunidade.

Segundo nota oficial, os PMs foram socorridos e encaminhados ao Hospital Getúlio Vargas, mas morreram por causa dos ferimentos.

Cleiton Serafim ingressou na corporação em 2008. Era casado e deixa esposa e 1 filha. Heber Fonseca, policial desde 2011, deixa esposa, 2 filhos e 1 enteado.

A Secretaria de Polícia Militar e o Bope divulgaram notas de pesar destacando o “compromisso, coragem e lealdade” dos militares.

40 dias de formado

Marcus Vinícius Cardoso, o Máskara, tinha 26 anos de carreira na Polícia Civil e havia sido promovido a comissário na véspera da operação.

Ele ingressou na corporação em 1999, na Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), onde ganhou o apelido por lembrar o personagem do filme estrelado por Jim Carrey.

Marcus trabalhou também na 18ª DP (Praça da Bandeira) e chefiava o Setor de Investigações da 53ª DP (Mesquita).
Já Rodrigo Velloso Cabral estava na polícia havia menos de dois meses. Ele era lotado na 39ª DP (Pavuna), responsável por uma das regiões mais violentas da Zona Norte.

Detalhes da operação

A megaoperação, deflagrada após mais de um ano de investigações da DRE, tinha como objetivo cumprir 100 mandados de prisão contra lideranças do Comando Vermelho. A ação resultou na apreensão de 93 fuzis, além de pistolas, motocicletas e drogas.

Durante os confrontos, criminosos lançaram bombas com drones, incendiaram barricadas e bloquearam vias importantes em represália, como a Linha Amarela, a Grajaú-Jacarepaguá e a Rua Dias da Cruz, no Méier.

Nesta quarta-feira (29), o Rio de Janeiro amanheceu sem vias obstruídas, informou a Prefeitura. As vias ficaram bloqueadas por mais de 12 horas.

O Centro de Operações do Rio elevou o estágio operacional da cidade para o nível 2, que indica que há ocorrências de alto impacto com elevado potencial de agravamento, e a PM colocou todo o efetivo nas ruas.

O secretário de Segurança Pública, Victor Santos, afirmou que a operação “foi planejada com inteligência” e não contou com apoio federal.

“Lamentamos profundamente as pessoas feridas, mas essa é uma ação necessária e que vai continuar”, disse.

Já o governo federal informou que não recebeu pedido do Rio para apoio à operação. “Não recebi nenhum pedido do governador do Rio de Janeiro, enquanto ministro da Justiça e Segurança Pública, para esta operação, nem ontem, nem hoje, absolutamente nada”, disse o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski.

Além dos policiais mortos, 3 civis foram baleados. Um homem em situação de rua, uma mulher que estava em uma academia e outro homem atingido em um ferro-velho. Todos foram socorridos.

Helicópteros, blindados e drones foram usados no cerco, que paralisou escolas e postos de saúde na região. Ao todo, 43 unidades escolares e 5 clínicas suspenderam atividades.

Entre os 81 presos estão Thiago do Nascimento Mendes, o Belão do Quitungo, e Nicolas Fernandes Soares, operador financeiro ligado ao traficante Edgar Alves de Andrade, o Doca ou Urso, apontados como peças-chave do Comando Vermelho.

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